quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Eleições - um texto para reflexão, extraído do site do PSTU (chamamento ao voto nulo)

Caríssimas e caríssimos,

Considerei interessante este texto para reflexão a respeito do segundo turno das eleições e resolvi publicar uma parte dele aqui. No meu local de trabalho - e imagino que na maior parte da categoria - parece não haver qualquer discussão sobre o voto nulo, mas sim em quem votar... A discussão sobre esta opção me parece interessante...
Como sempre, esclareço que não sou vinculado a nenhum partido, embora tenha simpatia por algumas organizações da chamada esquerda. Espero que a leitura seja útil e ajude a clarear um pouco as idéias ou acrescente algo diferente às discussões...

O texto na íntegra pode ser obtido no site do partido http://www.pstu.org.br/

*Texto extraído do site do PSTU, também publicado no jornal Opinião Socialista nº 412:




Quem é a direita?

Governo, PT, PCdoB e CUT farão uma enorme campanha pelo voto em Dilma, argumentando que é necessário evitar a volta da direita. Nós também somos contra a volta do PSDB-DEM ao governo.

Durante a campanha eleitoral, o PSTU foi duramente atacado pelo PSDB. Por duas vezes tentaram tirar nosso programa de TV do ar. Na primeira vez, porque mostramos como FHC tratava os aposentados e os chamou de vagabundos. Conseguimos manter nosso programa nessa vez, mas não na segunda.

Quando Serra atacava Dilma ligando a petista à corrupção, mostramos em nosso programa que Serra também esteve ligado ao governo Arruda, do Distrito Federal. O PSDB conseguiu tirar nosso programa final do ar.

Não queremos que a oposição de direita retorne. O governo FHC é lembrado pelos trabalhadores pelas privatizações e ataques aos trabalhadores. Serra seria uma continuação piorada de FHC por conta da crise internacional que se avizinha.

É necessário lutar contra a direita, mas isso não significa votar em Dilma. Muitas vezes os termos “esquerda” e “direita” são bastante imprecisos. Hoje essa indefinição é tão ampla que inclui na “esquerda” a socialdemocracia europeia que administra o capitalismo há décadas na Europa. Ou ainda o PSB no Brasil que apresentou como candidato ao governo de São Paulo o presidente da Fiesp.

Os marxistas definem a localização das posições políticas a partir da classe social representada. Aí a confusão desaparece. Para nós, os representantes da “direita” são os defensores da grande burguesia e do imperialismo. E como estão a grande burguesia e o imperialismo nessas eleições?

Os banqueiros estão financiando as duas campanhas, e é provável que estejam dando mais dinheiro para Dilma que para Serra. Eles têm todas as razões para confiar em ambos. Durante os dois governos FHC, os bancos lucraram R$ 35 bilhões, uma soma fantástica. No entanto, nos dois governos Lula, os lucros dos bancos cresceram ainda mais, chegando a R$ 170 bilhões. Não por acaso, num dos jantares de apoio a Dilma estava presente o banqueiro Safra, uma das maiores fortunas do país.

As grandes empresas, como um todo, quadruplicaram seus lucros no governo Lula. Este é o motivo pelo qual, no início de setembro, as empresas já tinham doado R$ 39,5 milhões para a campanha de Dilma e R$ 26 milhões para a de Serra.

É verdade que a maioria das grandes empresas de comunicação, incluindo TVs e jornais, apoiam Serra. Isso possibilita ao governo uma imagem de vítima perante a burguesia. No entanto, Lula e Dilma têm a seu lado pesos pesados como a Vale, Eike Batista e inúmeros outros empresários.

O apoio dos governos imperialistas também é uma referência importante para identificar quem representa a grande burguesia nas eleições. É indiscutível que todos eles estão muito tranquilos com as eleições no país, porque sabem que seus interesses estarão garantidos com PT ou PSDB. E também é inegável que Lula conta com uma enorme simpatia entre esses governos. Não é por acaso que conseguiu a realização da Copa e da Olimpíada no país, o que está sendo muito usado na campanha eleitoral.

Por último, podemos ter como referência a posição dos políticos da direita tradicional, que sempre representaram a burguesia no país. Obviamente o PSDB e o DEM são partes importantes dessa representação política. Mas se pode dizer a mesma coisa de Sarney, Collor, Maluf, Jader Barbalho que apóiam Dilma.

Voto nulo no segundo turno


Na verdade, temos dois representantes da grande burguesia e da direita nesse segundo turno. Dilma é apoiada pelo PT, pela CUT e por uma parte da esquerda do país, por expressar a colaboração de classes entre a grande burguesia (que mandou no governo Lula assim como no de FHC) e os trabalhadores. Essa é a grande confusão política existente hoje entre os trabalhadores. Não ajudaremos a ampliar essa confusão.

Cada voto dado em Dilma ou em Serra ampliará a força do novo governo eleito para atacar os trabalhadores. Não se pode esquecer a crise econômica internacional que se avizinha. Não é por acaso que tanto Dilma quanto Serra já manifestaram que vão implementar uma nova reforma da Previdência assim que eleitos.

Cada voto nulo nesse segundo turno significará menos força para o governo eleito. Foi impossível para a luta dos trabalhadores nessa conjuntura romper a falsa polarização eleitoral entre as duas candidaturas. Mas é necessário expressar nossa rejeição às duas alternativas patronais em disputa. Não serão eleitos em nosso nome.

[5/10/2010 18:39:00]

sábado, 16 de outubro de 2010

Carta de princípios

CARTA DE PRINCIPIOS SOBRE UMA ENTIDADE DEMOCRATICA.



Se uma Entidade quer realmente conquistas efetivas, que só são possíveis com a participação na luta da categoria, deveria antes seguir os seguintes princípios:


1) Ser um instrumento da luta dos judiciários e não ter um fim em sí.


2) Ser de luta e Combativa- Que prepare os trabalhadores para as lutas políticas sindicais e econômicas, tendo como princípio básico a defesa dos interesses mais elementares da categoria: salários , condições de trabalho e vida dignas. Que só a mobilização e ação coletiva dos trabalhadores é capaz de defender de forma minimamente eficaz os direitos que temos hoje e para novas conquistas.

3) Organização – Que desenvolva a luta de modo planejado, preparando sua estrutura e sua base, deve implementar a escolha e eleição de representantes de cartório e ajudar a construção das comissões de prédios, para reagir aos ataques sofridos pela categoria no sentido de conquistar e defender os nossos direitos.

4) Unidade – Que represente toda a categoria, independentemente de suas posições políticas, partidárias, sociais ou religiosas. A Entidade não tem dono, ela tem que pertencer e defender os interesses de toda categoria.

5) Democrática – Que respeite as decisões tomadas em seus fóruns e abra espaço para que todas as idéias sejam debatidas, respeitando todas as opiniões que visam colaborar para o fortalecimento da categoria. As deliberações devem ser tomadas coletivamente, daí ser imprescindível a realização de assembléias, congressos, seminários, reuniões periódicas de diretoria e do conselho de base para garantir a efetiva participação e soberania dos trabalhadores nas decisões.


6) Politização – Que vincule a luta econômica à luta política, já que as duas andam juntas e uma depende da outra. Uma Entidade que prioriza apenas a luta política pode causar o afastamento de suas bases porque muitas vezes o trabalhador quer ver resultado imediato, de preferência resultado palpável nos ganhos salariais e outros benefícios. Mas, por outro lado, uma entidade que valoriza somente a batalha econômica não consegue elevar a consciência de seus representados e não se faz notar pela sociedade, ficando à mercê das decisões políticas tomadas em nome e em prejuízo dos que se omitem.Para isso, deve promover cursos de formação, seminários, debates, utilizar boletins e jornais etc..


7) Independência de classe– Que a entidade seja uma trincheira de luta dos trabalhadores contra todas as formas de exploração capitalistas, visando a construção de uma sociedade justa e fraterna. Deve estar desvinculada de partidos políticos, das administrações dos Tribunais, dos representantes patronais, de instituições religiosas e de governos, do Estado Burguês, resguardando sua identidade. Isso não significa omitir-se de ações políticas.

8) Independência Financeira e administrativa- Não pode depender de recursos financeiros e benesses oriundos do Estado, de governos, TJs, ou de empresários. Tem que ser contra a contribuição sindical, deve ser sustentada pela vontade e mensalidade de seus associados.

9) Não se burocratizar- Os diretores não devem perpetuar nos cargos de direção da entidade, a direção deve ser colegiada não presidencialista, também devem fazer rodízio dos afastamentos do trabalho para as atividades sindicais, não podem transformar o sindicalismo em carreira como uma nova profissão e não permitir que isso os deixem distanciados da base. Devem ter o Conselho de Base, com representantes indicados e eleitos a partir dos locais de trabalho (OLT), como órgão e instancia superior acima da diretoria executiva. Tudo isso ser previsto e escrito em seu estatuto.

10) Se vincular as lutas gerais dos trabalhadores- Não perder de vista que as conquistas reais e permanentes só serão possíveis com a participação unitária do conjunto da classe proletária, para isso deve buscar a unidade com outros setores, através da luta geral, e se unir a entidades sindicais, centrais, federações e confederações realmente de lutas e desvinculadas do Estado, que seguem de um modo geral os mesmos princípios acima elencados.


Comando de Base e Fórum de Debates Sobre Organização Sindical- setembro de 2010


Contatos: email- servidoresdojudiciariosp@yahoo.com.br





sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Episódios da GREVE - a saída "estratégica" do "sindicato" união (e mais...)

Considero fundamental recordar alguns episódios da GREVE. Um dos mais absurdos foi a saída "estratégica" do união.

Reproduzo a seguir uma matéria publicada no boletim da comissão de prédio do João Mendes "Diário de GREVE", edição nº 3, de 21/5/2010, sobre a questão. Aproveito também para reproduzir duas outras matérias do mesmo boletim, uma sobre a retirada do som da Praça João Mendes pela AOJESP, curiosamente, no dia seguinte à assembléia em que a palavra da presidente da entidade foi "cassada" pela assembléia, e outra contendo uma análise crítica sobre a opção da direção da GREVE pelo dissídio.

São textos pequenos que podem ser rapidamente lidos.

Boa leitura. Aguardo comentários, aqui ou no grupo.

Márcio.

Seguem as matérias:

O SINDICATO FUGIU? Triste, mas é verdade. O que poderia ser mais natural para a direção de um sindicato do que ORGANIZAR uma GREVE, LUTAR ao lado de uma categoria em todas as batalhas e conduzi-la à vitória? Infelizmente no dicionário do “SINDICATO” “UNIÃO”, não existem as palavras “ORGANIZAR” nem “LUTAR”. Aliás, do “sindicato” parceiro do TJ, que em 2004 não participou da greve porque não foi convidado, era de se esperar o pior. Atualmente, neste “sindicato”, “CORRER” e “ABANDONAR”, parecem ser as palavras de “ORDEM”. Apesar dos discursos, sem sentido mas inflamados de seu presidente, perigosamente capazes de conquistar aplausos dos incautos, o “SINDICATO” “UNIÃO” ABANDOU A GREVE NA PRIMEIRA ADVERSIDADE. Ameaçado pela “gloriosa” cúpula do TJ de multa diária de cem mil, bateu imediatamente em retirada, com direito a publicação de edital em tempo recorde, mas SEM DIREITO à consulta da CATEGORIA em ASSEMBLÉIA. Para este tipo de “dirigente”, parece que o dinheiro e o mêdo estão acima de tudo e a categoria é só um “detalhe”. VERGONHA! Vergonha para eles, não para a CATEGORIA. Esta coisa chamada “SINDICATO UNIÃO” deve ser BANIDA da categoria pelos trabalhadores do judiciário paulista PARA SEMPRE. Se por alguma obra do TJ ou castigo do destino, formos obrigados a engoli-lo, que esta DIREÇÃO SEJA ESTIRPADA EM DEFINITIVO. CHEGA!!! BASTA DE BUROCRACIA SINDICAL!!!!


FOGO “amigo”? Mais um lamentável episódio envolvendo a presidência da AOJESP. Impedida de falar pela multidão na assembléia do dia 12/05, numa clara atitude de RETALIAÇÃO, a entidade retirou o som que permanecia desde o início da GREVE em frente ao Fórum João Mendes, comprometendo os informes e reuniões ali realizados com auxílio do equipamento. Nada de novo, vindo de uma entidade em que a direção é a mesma, há mais de 20 anos. Perguntamos então. Será que há algum resquício de democracia nesta instituição? Será que o dinheiro arrecadado dos trabalhadores associados é usado em benefício da categoria que financia a entidade? Será possível um dirigente ter um comportamento tão tolo e infantil em plena GREVE, enquanto a categoria passa por tempos tão difíceis? Para o leitor, ficam aqui as perguntas e o registro do nosso REPÚDIO a atitudes que tais. ABAIXO o CARREIRISMO e o PERSONALISMO nas organizações dos trabalhadores!!!!!!!

Reunida em assembléia categoria votou pela continuidade da GREVE! (considerações sobre o dissídio)

Mais de vinte dias de paralisação não foram suficientes para QUEBRAR a INTRANSIGÊNCIA do TJ. ENIGMA do DISSÍDIO (opção da “direção” da GREVE), aos poucos vai se revelando como armadilha lançada pelo TJ para abortar a GREVE e com ela as expectativas dos trabalhadores. Convenientemente o TJ dá sinais de que vai empurrar a questão com a barriga, o que pode se arrastar por muito tempo e deve desgastar ainda mais a GREVE.

Esse desfecho era esperado. A LUTA deve ser BEM ORGANIZADA e PRIORIZADA, independentemente da possibilidade de outras medidas de ordem burocrática e legalista, eventualmente VÁLIDAS, mas INSUFICIENTES se desacompanhadas de MOBILIZAÇÃO. Por que? Porque os terrenos da BUROCRACIA e da LEGALIDADE são de domínio do GOVERNO, e mais ainda do TJ, nosso PATRÃO imediato, que manuseia a legislação com extrema habilidade na defesa dos interesses de sua cúpula e de suas próprias conveniências, ainda mais na qualidade de ADVERSÁRIO e JUIZ, no processo contra nós trabalhadores. Os golpes mais sorrateiros sempre foram fundados na LEI, de acordo com a interpretação que a cúpula do TJ lhe quis dar.

A hipótese de um julgamento favorável ou MINIMAMENTE JUSTO é pura ILUSÃO. Tudo continua dependendo da nossa capacidade DE ORGANIZAÇÃO, da força da nossa MOBILIZAÇÃO... Aí é que está NOSSO PODER, NOSSA ARMA CONTRA A INTRANSIGÊNCIA.

Adeus às grades. Será o fim do "galinheiro do viana"?

As grades em frente ao Fórum João Mendes, que foram "carinhosamente" apelidadas pelos grevistas de "galinheiro  do viana", começaram a ser retiradas na sexta (3/9).

Entre os símbolos da truculência do TJ do governo e da polícia, as grades ostentaram lugar de destaque. Foram ali colocadas após a ocupação do fórum e dos grandes piquetes, ações que abalaram as estruturas em duas das semanas mais movimentadas de toda a heróica GREVE.

As grades ocuparam o lugar das barracas do acampamento que os grevistas ali haviam instalado, cuja retirada foi determinada e realizada numa ação conjunta, orquestrada entre os poderes do Estado: governo SERRA-GOLDMAN-(ALCKMIN?), TJ, polícia militar e a prefeitura de KASSAB.

Agora que as grades se foram, ao menos pelo lado de fora, a opressão parece menor. Sem grevistas na praça, o TJ parece já não ter muito o que temer... Será?   

terça-feira, 31 de agosto de 2010

MULHERES - Ato contra violência

Segue uma nota, extraída do site da organização política Liga Estratégia Revolucionária-Quarta Internacional, sobre um ato realizado na Avenida Paulista, contra a violência às mulheres. Considerei interessante divulgar a questão, até porque as mulheres são maioria no quadro de trabalhadores do TJSP. Considero extraordinária esta iniciativa em defesa das mulheres. Penso que todo(a)s devem se engajar e incorporar discussões como as da questão feminina no seu dia-a-dia nos cartórios. No final, inseri um link direto para a publicação original no site da LER-QI, e outro para o blog do grupo de mulheres Pão e Rosas, também vinculado à LER-QI.
(observação: a charge acima não faz parte do artigo e foi inserida por mim para ilustrar este post. É uma ironia com relação a diversas religiões e o mêdo de encarar e as questões femininas).

Nota sobre o ato Contra a Violência às Mulheres
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No início da noite do dia 13 de agosto, cerca de 40 pessoas marcharam na Av. Paulista contra a violência às mulheres. O ato foi uma iniciativa do grupo de mulheres Pão e Rosas por conta das cotidianas mortes de mulheres como a de Elisa Samudio e Mércia, e que permanecem no anonimato no momento em que não se poupam discursos sobre o “avanço” das mulheres, principalmente nas campanhas dos presidenciáveis. Lançamos um amplo chamado a entidades, sindicatos e grupos políticos e ativistas para gritarmos bem alto contra a violência que vivemos. Estiveram presentes trabalhadores e estudantes da Usp, metroviários e professores da rede estadual, além de estudantes também da Unicamp, da Unesp, da Escola de Aplicação – USP, da PUC e da Fundação Santo André. Entidades como a Secretaria de Mulheres do Sintusp, do D.A da Fundação Santo André e o Cach – Unicamp se incorporaram ao ato.

Na manifestação lançamos também a nossa campanha “Eles/as não se importam com as nossas mortes! Nosso direito à vida não se vende, não se troca e não se cala por votos!”. Durante cerca de 2h distribuímos materiais e gritamos palavras de ordem que expressassem os recentes casos de absurdos de violência contra as mulheres:

“Eu sou Eliza, sou Eloá, e violência não vamos tolerar! Eu sou a Mércia, sou a Camille, contra o Estado que tanto nos oprime!”
Denunciamos toda a demagogia que fazem o Partido dos Trabalhadores, Lula, CUT, a direção da Marcha Mundial de Mulheres e Dilma, que tentam nos enganar dizendo que uma mulher, que defende os interesses políticos e econômicos dos capitalistas, que se omite diante da questão do aborto, poderia mudar o curso da vida de milhões de trabalhadoras, como se a opressão e a exploração a que estamos condenadas no capitalismo pudessem ser superadas com uma simples eleição para o Estado dos patrões. Denunciamos também Marina Silva, que cinicamente faz alusão ao seu passado pobre e sua trajetória militante, mas que se alia com setores da burguesia para defender um projeto privatista com uma roupagem ecológica:
 “Eu não me engano com patroa na eleição, porque as mulheres ainda sofrem opressão!”

E as mulheres do Pão e Rosas gritamos ainda:
 “Sou Pão e Rosas, mulheres na luta já! O Estado Capitalista não vai nos emancipar!”

É fundamental colocarmos de pé uma ampla campanha contra a violência às mulheres em todos os locais de trabalho e estudo. Não podemos nos calar diante de tantas mortes, violações e dor! Basta de femicídio! Mesmo com a aprovação da Lei Maria da Penha uma mulher morre a cada 2h vítima de violência! São milhares as Eloás, Elizas, Maria Islaines, Mércias e Camilles no Brasil de Lula! Dilma, Serra e Marina serão igualmente coniventes com toda violência que sofremos! Nosso direito à vida não se troca, não se vende e não se cala por votos! A violência que sofremos não é “doméstica” ou privada, é social e é legitimada pelo Estado! Querem nos impor uma idéia de que a solução para a violência é individual, mas para que algo socialmente construído se transforme é preciso uma ação organizada que vise e atue no sentido de sua transformação. Por uma ampla contra a violência às mulheres! Que todas as centrais sindicais e sindicatos, especialmente a CSP – Conlutas e as agremiações a ela filiadas, as entidades estudantis, sobretudo a Anel, partidos e organizações de esquerda impulsionem essa importante campanha! Convidamos a tod@s os ativistas e militantes que concordem com o conteúdo desta campanha que a construam com o Pão e Rosas!
Eles/as não se importam com as nossas mortes! O governo e o Estado capitalista são coniventes!
Mais nenhuma mulher morta por conta da violência! Basta de feminicídio!

Não nos calaremos! Eliza, Mércia, Maria Islaine, Camille e Eloá vivem em nossa luta!

Link para a publicação original no site da LER-QI: http://www.ler-qi.org/spip.php?article2536

Link para o blog do grupo de mulheres Pão e Rosas, também vinculado à LER-QI: http://nucleopaoerosas.blogspot.com/